Boletim da Misericórdia

"Alegrai-vos e rendei-lhe glória, exaltai com cações de vitória, se a morte não pode vencer, quem poderá??
ELE VIVE E REINARÁ!!!"

sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal Digital

Os tempos mudam, mas o sentimento continua o mesmo!



Muito legal!

E que...
"mesmo com a criatividade da tecnologia, o menino Jesus sempre renove a essêcia e o amor em nossos corações"

Um abençoado e Feliz Natal pra todos!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Ser Santo é Ser Humano


Santificar-se é descobrir que o projeto de santidade ocorre com a ajuda do Espírito Santo, que move as diferentes pessoas nos diferentes tempos e faz uma obra maravilhosa. Move-nos em um movimento de felicidade. Porque ser santo é ser feliz.

A santidade é feita de momentos, do agora, de oportunidades, de encontros. Ao ler este artigo, você estará traçando um projeto de felicidade, pois poderia estar agora envolvido em outras mil e um coisas, mas está aqui diante desta página confrontando-se com estas palavras.

O Espírito Santo plasma em nós a todo momento uma atitude santa. Uma atitude beata (beato=feliz).

Não negligencie a felicidade que Deus lhe concede. Felicidade é santidade. E não se trata de uma felicidade passageira, uma felicidade “fast food”. Ela não é rápida como a internet de banda larga, mas compõe um projeto de continuidade, de começos, meios e fins.

Infelizmente, muitos pensam que para ser santo é necessário deixar de ser gente e esquecer que a vida é um projeto de bem-aventuranças (felicidade). Ser santo é ser gente na plenitude. É ser humano em tudo aquilo que comporta a palavra “humano”.

Jesus sempre fez este processo de humanização com as pessoas, fazendo-as tomarem posse de si mesmas e, assim, levando-as a se disporem. Ser pessoa não é só completar o que somos e temos de melhor, mas descobrir e cultivar o que temos de melhor para o benefício de outros. Isso é santidade. Santidade é ser melhor e não apenas “o melhor”.

Quer saber como ser santo? Faça bem todas as coisas. Leve Jesus para todos os lugares. Convide-O para estar em todos esses lugares. Santidade não é fuga do mundo, mas transformação deste mundo. É saber que podemos deixar marcas de céu na vida de todos aqueles que estão ao nosso redor. Isso é ser santo. Fazer bem todas as coisas e amar. Este é o segredo da santidade, a verdade de uma humanidade que vive na plenitude. O amor é tudo o que as pessoas procuram.

Não podemos desperdiçar nossa juventude. Devemos vivê-la intensamente, apostando tudo em Jesus e sendo gente, humanos. Sempre com a certeza de que é possível ser santo de calças jeans.

(Do livro "Santos de calça jeans" de Adriano Gonçalves, da Editora Canção Nova)
Fonte: http://cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12072

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sede Santos - Permanecei em mim


Quantas bênçãos sentimos no sexto encontro do Sede Santos... Famílias, jovens, crianças, enfim, todos unidos pelo Senhor, pois o convite Dele foi bem claro:

Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. (Jo.15, 4)

Márcio Todeschini (Com. Canção Nova) e Eduardo Augusto (Com. Gospa Mira) mostraram, através da pregação, a importância de estarmos verdadeiramente ligados na videira, ou seja, de sermos os ramos que dão frutos, pois dessa forma seremos capazes de experimentar o AMOR de DEUS!









Mais fotos, visite o link: http://www.flickr.com/photos/festanoceu/sets/72157625233844036

As fotos são retiradas do site Festa no Céu: http://www.festanoceu.com/f/site2/index.php

terça-feira, 12 de outubro de 2010

VI Sede Santos

Venha participar conosco do VI Sede Santos!!!
Teremos muita música, louvor e pregação. Sua presença é indispensável. Presença de Marcio Todeschini (Com. Canção Nova)como pregador e a animação de Eduardo Augusto e banda (Com. Gospa Mira).
A entrada é franca, mas contamos com a doação de 1k de alimento não perecível.
Dia 24 de outubro a partir das 8h30. Temos um encontro marcado!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

12 de outubro dia de Nossa Senhora Aparecida




Consagração à Nossa Senhora Aparecida

Ó Maria Santísima, que em vossa imagem milagrosa da Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil, eu, (diga seu nome), embora indigno de pertencer ao número de vossos servos, mas cheio de desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrando a vossos pés, consagro-vos o meu entendimento, para que sempre penses no amor que mereceis; consagro-vos minha língua, para que sempre vos louve e propague a vossa devoção; consagro-vos o meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-nos, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos servos; acolhei-nos debaixo de vossa proteção, socorrei-nos em todas as necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de nossa morte.
Abençoai-nos, ó Mãe celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-nos em nossa fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possamos louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda a eternidade.
Assim seja.


Visite:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Nossa_Senhora_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_Aparecida

PAZ e BEM!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Louvando com a Juventude Santa



Quando assumimos a missão de sermos ministros do Senhor, adotamos um refrão como nosso lema:

"Aonde mandar eu irei, seu amor eu não posso ocultar,
quero anunciar para o mundo ouvir,
Que JESUS é o nosso Salvador"

Há pouco tempo, recebemos a missão de anunciar o nome de Jesus para os jovens de nossa paróquia. A Pastoral da Juventude se reuniu com jovens de outras paróquias para realizar uma grande tarde de louvor.

Foi com grande alegria que estivemos presentes, entoando louvores aquele que é a razão e o motivo do nosso cantar.





terça-feira, 20 de julho de 2010

Feliz Dia do Amigo!!

Que alegria, hoje é dia do AMIGO!! Abraços e gestos de carinhos são distribuídos para aquelas pessoas que amamos. Afinal, como dizem, os nossos amigos fazem parte da família que escolhemos, e, por essa razão, talvez a nossa responsabilidade seja dobrada.
A palavra do Senhor nos diz o seguinte:

Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou, descobriu um tesouro.
(Eclo. 6,14)

É preciso cuidar desse tesouro para que seu valor seja multiplicado com o passar do tempo. Aos amigos do Divina Misericórdia, um grande abraço!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Superação

Podemos passar inúmeras dificuldades, e ter de batalhar muito para alcançar certos objetivos...





Depois de tudo isto até podemos deixar passar pela cabeça:

Eu não posso...
Eu não quero mais...
Eu não vou conseguir...

Amados, nós não nascemos andando, não nascemos falando, nem sabendo das coisas!
E o que não podemos em hipótese alguma é perdermos o ânimo, o espírito, nossa capacidade de amar, de se superar e de viver!

Então digam sempre:

Em Deus eu posso...
Em Deus eu quero...
Em Deus eu vou conseguir...

Por que a Vida é Superação!

PAZ e BEM!

domingo, 27 de junho de 2010

A Força do Exemplo


O exemplo é um forte elemento na educação das crianças. A família, os professores, os personagens das histórias a elas narradas e até mesmo os apresentadores dos programas infantis de televisão têm enorme responsabilidade sobre seus gestos e atitudes, cujas características são cuidadosamente apreendidas pelos pequenos. As crianças são como esponjas. Se colocadas em água suja, absorverão água suja. Quando colocadas em água limpa, absorverão água limpa. As crianças tendem a repetir aquilo que os adultos fazem. Muitas histórias servem de pretexto para que reflitamos sobre nossas atitudes diante de nossos filhos, alunos, pequenos aprendizes. É o caso desta pequena mensagem, cujo autor é desconhecido:

"A tigela de madeira"

Um senhor de idade foi morar com seu filho, nora e o netinho de quatro anos de idade. As mãos do velhinho eram trêmulas, sua visão embaçada e seus passos vacilantes. A família comia reunida à mesa. Mas as mãos trêmulas e a visão falha do avô o atrapalhavam na hora de se alimentar. Ervilhas rolavam de sua colher e caíam no chão. Quando pegava o copo, o leite era derramado na toalha da mesa.

O filho e a nora irritaram-se com a bagunça. - “Precisamos tomar uma providência com respeito ao papai”, disse o filho. - “Já tivemos suficiente leite derramado, barulho de gente comendo com a boca aberta e comida pelo chão.” Então, eles decidiram colocar uma pequena mesa num cantinho da cozinha. Ali, o avô comia sozinho enquanto o restante da família fazia as refeições à mesa, com satisfação. E desde que o velhinho quebrara um ou dois pratos, sua comida agora passara a ser servida numa tigela de madeira.

Quando a família olhava para o avô sentado ali sozinho, às vezes, ele tinha lágrimas em seus olhos. Mesmo assim, as únicas palavras que lhe dirigiam eram de admoestações ásperas quando ele deixava um talher ou alimento cair ao chão.

O menino de quatro anos de idade assistia a tudo em silêncio. Numa noite, antes do jantar, o pai percebeu que o filho pequeno estava no chão, manuseando pedaços de madeira. Ele perguntou delicadamente à criança: - “O que você está fazendo?” O menino respondeu docemente: - “Ah! Estou fazendo uma tigela para você e mamãe comerem quando eu crescer”. O garoto sorriu e voltou ao trabalho. Aquelas palavras tiveram um impacto tão grande nos pais que estes ficaram mudos. Então lágrimas começaram a escorrer de seus olhos.

Embora ninguém tivesse falado nada, ambos sabiam o que precisava ser feito. Naquela noite o pai tomou o avô pelas mãos e gentilmente o conduziu à mesa da família. Dali para frente e até o final de seus dias o senhor fez todas as refeições com a família. E por alguma razão, o marido e a esposa não se importavam mais quando o garfo caía, o leite era derramado ou a toalha da mesa ficasse suja.

Gabriel Chalita

sábado, 19 de junho de 2010

Último Folheto



Todos os domingos de manhã, depois do Grupo de Oração na Igreja, o coordenador do grupo e seu filho de 11 anos saíam pela cidade e entregavam folhetos falando do Amor de Deus sobre nós.
Numa tarde de domingo, quando chegou a hora do pai e seu filho saírem pelas ruas com os folhetos, fazia muito frio lá fora e também chovia muito. O menino se agasalhou e disse:

- Ok, papai, estou pronto.

E seu pai perguntou:

-’Pronto para quê?’

-’Pai, está na hora de juntarmos os nossos folhetos e sairmos. ‘

Seu pai respondeu:

-’Filho, está muito frio lá fora e também está chovendo muito. ‘

O menino olhou para o pai surpreso e perguntou:

-’Mas… pai, as pessoas não vão para o inferno até mesmo em dias de chuva?’

Seu pai respondeu:

-’Filho, eu não vou sair nesse frio. ‘

Triste, o menino perguntou:

-’Pai, eu posso ir? !’

O pai hesitou por um momento e disse:

-’Pode ir. Aqui estão os folhetos. Tome cuidado. ‘

Então ele saiu no meio daquela chuva. Este menino de onze anos caminhou pelas ruas da cidade de porta em porta entregando folhetos a todos que via.

Depois de caminhar por horas na chuva, estava todo molhado, mas faltava um último folheto. Ele parou na esquina e procurou por alguém para entregar o folheto, mas as ruas estavam desertas. Então ele se virou em direção à primeira casa que viu e caminhou pela calçada até a porta e tocou a campainha. Ele tocou a campainha, mas ninguém respondeu. Ele tocou de novo, mais uma vez, mas ninguém abriu a porta.
Finalmente, o menino se virou para ir embora, mas algo o deteve. Mais uma vez, ele tocou a campainha e bateu na porta bem forte. Ele esperou, alguma coisa o fazia ficar ali na varanda e finalmente a porta se
abriu bem devagar. Uma senhora idosa com um olhar triste. Ela perguntou :

-’O que você deseja, meu filho?’

Com um sorriso que iluminou o mundo dela, O menino disse:
-’Senhora, me perdoe se eu estou perturbando, mas eu só gostaria de dizer que JESUS A AMA MUITO e eu vim aqui para lhe entregar o meu último folheto que lhe dirá tudo sobre JESUS e seu grande AMOR. ‘

Então ele entregou o seu último folheto e se virou para ir embora.
Ela o chamou e disse:

-’Obrigada, meu filho!!! E que Deus te abençoe!!!’

Bem, no domingo seguinte na Igreja, o Coordenador do Grupo de Oração, após a sua pregação perguntou:

- ‘Alguém tem um testemunho ou algo a dizer?’

Lentamente, na última fila da Igreja, uma senhora idosa se pôs de pé.
E começou a falar.

- ‘Ninguém me conhece neste Grupo, eu nunca estive aqui. Até o domingo passado eu não era cristã. Meu marido faleceu há algum tempo e eu fiquei sozinha neste mundo. No domingo passado, um dia frio e chuvoso, eu tinha decidido no meu coração que eu chegaria ao fim da linha, eu não tinha mais esperança ou vontade de viver.

Então eu peguei uma corda e uma cadeira e subi para o sótão da minha casa, amarrei a corda numa madeira do telhado, subi na cadeira e coloquei a corda em volta do meu pescoço. De pé naquela cadeira, só e de coração estava pronta pra saltar, quando, de repente, o toque da campainha me assustou. Eu pensei, quem será?:

-’Vou esperar um minuto e quem quer que seja irá embora. ‘

Eu esperei, mas a campainha era insistente; depois a pessoa a bater forte. E pensei:

-’Quem pode ser? Ninguém toca a campainha da minha casa a tempos, ainda mais num dia desses.’

Afrouxei a corda do meu pescoço e fui à porta ver quem era,
enquanto a campainha soava cada vez mais alta.

Quando eu abri a porta e vi quem era, eu mal pude acreditar, pois na
minha varanda estava o menino mais radiante que já vi em
minha vida. O seu SORRISO, ah, eu nunca poderia descrevê-lo a vocês! As palavras que saíam da sua boca fizeram com que o meu coração que estava morto há muito SALTASSE PARA A VIDA quando ele disse:

-’Senhora, eu só vim aqui para dizer QUE JESUS A AMA MUITO. ‘

Então ele me entregou este folheto que eu tenho em minhas mãos.

Conforme aquele menino desaparecia no frio e na chuva, eu fechei a porta e li cada palavra deste folheto.

Então eu subi para o sótão, peguei minha corda e a cadeira. Eu não iria precisar mais delas. Vocês vêem - eu agora eu estou aquí!
Já que o endereço do seu Grupo de Oração estava no verso deste folheto, vim aqui pessoalmente para dizer OBRIGADO a este menino de Deus que no momento certo livrou a minha alma. ‘

Não havia quem não tivesse lágrimas nos olhos no Grupo de Oração. O coordenador do Grupo de Oração, foi em direção à primeira fila onde ’seu’ menino estava sentado. Tomou seu filho nos braços e
chorou .

Provavelmente nenhum Grupo de Oração teve um momento tão grande como este e provavelmente este universo nunca tenha visto um pai tão transbordante de amor e honra por causa do seu filho…

Exceto um. Este Pai também permitiu que o Seu Filho viesse a um mundo frio e tenebroso. Ele recebeu o Seu Filho de volta com gozo indescritível, o Pai assentou o Seu Filho num trono acima de todo principado e lhe deu um nome que é acima de todo nome.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao Século XIII. A Igreja Católica sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico. Conta a história que um sacerdote chamado Pedro de Praga, de costumes irrepreensíveis, vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o Dom da fé. Ao passar por Bolsena (Itália), enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a Hóstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando o corporal, os sangüíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da Hóstia que estava entre seus dedos, conservou as características de pão ázimo. Por solicitação do Papa Urbano IV, que na época governava a igreja, os objetos milagrosos foram para Orviedo em grande procissão, sendo recebidos solenemente por sua santidade e levados para a Catedral de Santa Prisca. Esta foi a primeira procissão do Corporal Eucarístico. A 11 de agosto de 1264, o Papa lançou de Orviedo para o mundo católico através da bula Transiturus do Mundo o preceito de uma festa com extraordinária solenidade em honra do Corpo do Senhor.

A festa de Corpus Christi foi decretada em 1264. O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada desde antes de 1270. A procissão surgiu em Colônia e difundiu-se primeiro na Alemanha, depois na França e na Itália. Em Roma é encontrada desde 1350.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse: ‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade. Corpus Christi é celebrado 60 dias após a páscoa.

A Eucaristia passa a ser o centro da vida cristã

A partir desse momento, a devoção eucarística desabrochou com maior vigor entre os fiéis: os hinos e antífonas compostos por São Tomás de Aquino para a ocasião - entre os quais o Lauda Sion, verdadeiro compêndio da teologia do Santíssimo Sacramento, chamado por alguns o credo da Eucaristia - passaram a ocupar lugar de destaque dentro do tesouro litúrgico da Igreja.

No transcurso dos séculos, sob o sopro do Espírito Santo, a piedade popular e a sabedoria do Magistério infalível aliaram-se na constituição dos costumes, usos, privilégios e honras que hoje acompanham o Serviço do Altar, formando uma rica tradição eucarística.

Ainda no século XIII, surgiram as grandes procissões conduzindo o Santíssimo Sacramento pelas ruas, primeiro dentro de uma âmbula coberta, e mais tarde exposto no ostensório. Também neste ponto o fervor e o senso artístico das várias nações esmeraram-se na elaboração de custódias que rivalizavam em beleza e esplendor, na confecção de ornamentos apropriados e na colocação de imensos tapetes florais ao longo do caminho a ser percorrido pelo cortejo.

Os Papas Martinho V (1417-1431) e Eugênio IV (1431-1447) concederam generosas indulgências a quem participasse das procissões. Mais tarde, o Concílio de Trento - no seu Decreto sobre a Eucaristia, de 1551 - sublinharia o valor dessas demonstrações de Fé: "O santo Sínodo declara que é piedoso e religioso o costume, introduzido na Igreja de Deus, de celebrar todos os anos com singular veneração e solenidade, em dia festivo e peculiar, este excelso e venerável Sacramento, levando-O em procissões por vias e locais públicos com reverência e honra".1

O amor eucarístico do povo fiel não se restringiu, porém, a manifestações externas; pelo contrário, elas eram a expressão de um sentimento profundo posto pelo Espírito Santo nas almas, no sentido de valorizar o precioso dom da presença sacramental de Jesus entre os homens, conforme Suas próprias palavras: "Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo" (Mt 28, 20). O mistério de amor de um Deus que não só Se fez semelhante a nós para resgatar-nos da morte do pecado, mas quis, num extremo de ternura, permanecer entre os Seus, ouvindo seus pedidos e fortalecendo- os em suas tribulações, passou a ser o centro da vida cristã, o alimento dos fortes, a paixão dos santos


http://pt.wikipedia.org/wiki/Corpus_Christi
http://www.arautos.org/view/show/15564-corpus-christi

quinta-feira, 27 de maio de 2010

A maturidade mora na escuta



Todos têm algo a nos ensinar

Todo ser humano traz em si uma profunda necessidade de autoafirmação. Todos desejam a valorização por parte dos demais, porém, essa necessidade – de ser aceito e de se afirmar diante da vida – precisa trazer em si certa medida de equilíbrio e maturidade, pois, quando não é assim, tendemos a agir puramente aprisionados por nossos instintos.


Todo o mundo quer ser acreditado, todos querem ter a razão e a verdade em sua conduta. Por vezes, queremos que nossa maneira de pensar seja acolhida pelos demais, mas, precisamos ter a consciência de que nem sempre estamos certos e de que não podemos exigir que nosso modo de pensar seja acolhido por todos como verdade absoluta.


As grandes catástrofes da humanidade se deram quando alguém ou um grupo específico se fecharam apenas em um ponto de vista isolado, não se abrindo a outros focos de visão e acreditando ser os únicos donos da verdade.


Muitos são peritos em defender a própria verdade, mas, verdadeiramente maduro é aquele que sabe ouvir e acolher o ponto de vista dos outros, abrindo-se ao diálogo e reconhecendo que os demais também têm coisas boas a ensinar e a oferecer, e, que, por essa razão, merecem ser respeitados.


Todos têm algo a nos ensinar, o ponto de vista alheio contempla realidades não percebidas por nós. É feliz quem sabe ouvir e acolher o que outro expressa, pois tal atitude faz com que sejamos pessoas mais completas, rompendo assim as barreiras do egoísmo, as quais nos fazem acreditar que somente nós estamos certos.


Ouvir é uma virtude e, por meio do diálogo, alcançamos grandes progressos.


A vitória mora na humildade, que sabe abrir mão de suas próprias razões, para que o outro seja um pouco mais, assim o consenso acontece e ambas as partes são capazes de crescer.


Quem sabe perder e ceder nas pequenas coisas, conquistará grandes realizações. Compreendamos isso e construiremos significativas conquistas em nossa história.

Adriano Zandoná
artigos@cancaonova.com

domingo, 9 de maio de 2010

Toda mãe traz os traços de Maria


"O amor materno é capaz de apoiar os filhos"

Ser mãe vem ao encontro da plenitude do ser feminino. Toda mulher é chamada a gerar um novo ser humano, seja física ou espiritualmente. Com Maria, Mãe de Jesus, também foi assim. Ela foi escolhida por Deus para uma gravidez incomum, em que o fruto de seu ventre traria a vida eterna para toda a humanidade. Para isso Nossa Senhora contou com auxílio do Céu, nasceu imaculada, para o propósito divino de ser geradora do Salvador, mas o Pai dotou-a de virtudes naturais que são inerentes ao ser mulher e que, na maior parte dos acontecimentos de sua vida, ela dispôs do que lhe era humano para que o plano do Altíssimo acontecesse.

Desde a Anunciação, em que ela abre mão de seus planos de constituir uma família, até o Pentecostes, evento em que ela está firme e perseverante na oração junto aos apóstolos, o ministério de Jesus é marcado pela presença dela.

Como então separar Maria do ministério do Cristo?

É nesse caminhar junto, dispondo da energia natural ao que é vontade de Deus, que acontece a maternidade espiritual. Ser mãe é ser Maria na vida dos filhos, que não apenas os traz ao mundo, mas os encaminha para sua missão, indicando o que é nobre, justo e verdadeiro.

O amor do coração materno as impulsiona a estarem sempre presentes na vida dos filhos, não somente de forma física ou tomando-os como propriedades, mas vislumbrando na maternidade de Maria, como educar para o crescimento em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e diante dos homens.

O grande milagre da vida realiza-se quando o sopro amoroso da existência, vindo de Deus, perpassa o ser de alguém que se desfaz de si para elevar o pequeno e indefeso até a grandiosidade de sua missão neste mundo.

Se foi tão importante para Nosso Salvador Jesus Cristo ter a presença materna até a vinda do Espírito Santo é porque o amor materno é capaz de apoiar os filhos de forma extraordinária na realização de um desígnio de vida.

Obrigado a todas as mães por serem Maria em nossas vidas!

Um feliz Dia das Mães e abençoado mês de Maria.

Sandro Ap. Arquejada - Missionário Canção Nova

Fonte: http://cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11844

domingo, 2 de maio de 2010

Uma questão de escolha


O coração anda no compasso que pode. Amores não sabem esperar o dia amanhecer. O exemplo é simples. O filho que chora tem a certeza de que a mãe velará seu sono. A vida é pequena, mas tão grande nestes espaços que aos cuidados pertencem. Joelhos esfolados são representações das dores do mundo. A mãe sabe disso. O filho, não. Aprenderá mais tarde, quando pela força do tempo que nos leva, ele precisará cuidar dos joelhos dos seus pequenos. O ciclo da história nos direciona para que não nos percamos das funções. São as regras da vida. E o melhor é obedecê-las.
Tenho pensado muito no valor dos pequenos gestos e suas repercussões. Não há mágica que possa nos salvar do absurdo. O jeito é descobrir esta migalha de vida que sob as realidades insiste em permanecer. São exercícios simples...
Retire a poeira de um móvel e o mundo ficará mais limpo por causa de você. É sensato pensar assim. Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio.
Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar.
Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer.
É simples...

Pe. Fábio de Melo

domingo, 25 de abril de 2010

Termômetro da Amizade


Volta e meia conversamos sobre amizade. Se fosse realizada alguma pesquisa, talvez chegássemos à conclusão de que essa é uma das palavras que mais saem da boca de todo o mundo.

Mas será que todos sabem, de verdade, o que estão querendo dizer quando falam sobre amizade?

São Francisco de Sales é um doutor da Igreja, título dado àqueles santos que desenvolveram um ensinamento surpreendente. Ele também oferece um conceito singular sobre esse tema [amizade]: a caridade é uma amizade, ou seja, amizade é puro amor. E não para por aí não. Esse santo vai além e destaca que toda a amizade é comunicação de bens.

Eu lhe pergunto: o que é um bem? Bem é tudo aquilo que, quando colocamos em comum, nos enriquece, acrescenta, plenifica, aperfeiçoa. Só pode existir bem quando existe amor, e só existe amor onde existe Deus, que é puro amor. Aqui, São João Evangelista também pode nos ajudar, quando ensina que “Deus é luz e nele não há treva alguma” (cf. I Jo 1,5).

Ora, se Deus é amor e é luz ao mesmo tempo, isso significa que esse sentimento apenas existe na luz e vice-versa. Aí já fica fácil de entendermos melhor muita coisa.

Em primeiro lugar, fica claro que não pode existir verdadeira amizade entre pessoas más ou que se unem para fazer o mal. O mal é escuridão, é treva, é o oposto da luz. Todo o relacionamento que tem como base o mal foge da lógica da amizade, que, como vimos, é comunicação de bens e todo o bem é bom, é luminoso. É impossível existir um bem que seja um mal.

Não é nem preciso pensar muito para que outra pergunta surja logo em nossa cabeça: que tipo de bem eu tenho comunicado aos meus amigos? Melhor ainda: será que eu estou, verdadeiramente, comunicando algum bem aos meus amigos, ou seja, partilhando com eles coisas que enriqueçam o nosso relacionamento? Ou, ao contrário, muitas vezes, eu tenho dado mais ênfase à escuridão, por meio do que falo, do que vivo, do que estimulo o outro a fazer e a viver?

É tempo de retomada, de dar a volta por cima e colocar a vida de novo no caminho certo. Faço um convite para você: seja verdadeiro amigos de seus amigos. Vamos comunicar bens que sejam realmente bons, luminosos, que testemunhem o Deus que é todo luz e todo amor.

Peçamos o auxílio do Senhor:

Senhor, a amizade precisa ter raízes em Ti para que possa ser verdadeira. Somente em Ti e a partir de Ti tudo pode ser construído com bases sólidas, firmes, duradouras, com destino à eternidade.

Sim, Senhor, ensina-me a ser verdadeiro amigo de meus amigos. Aumenta o desejo de meu coração em perseguir este objetivo com todas as minhas forças.

Dá-me a graça de resplandecer em minha vida e através dos bens que comunico toda a tua Luz, que cura de todo o mal!

Seu irmão,

Leonardo Meira

Fonte:http://cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11834

sexta-feira, 23 de abril de 2010

23 de abril dia de São Jorge"


ORAÇÃO A SÃO JORGE – FÉ

Ó Deus onipotente, que nos protegeis pelos méritos e as bênçãos de São Jorge, fazei que este grande mártir, com sua couraça, sua espada e seu escudo, que representam a fé, a esperança e a caridade, esclareça a nossa inteligência, ilumine os nossos caminhos, fortaleça o nosso ânimo nas lutas da vida, dê firmeza á nossa vontade contra as tramas do maligno, para que, vencendo na terra como São Jorge venceu, possamos triunfar no céu convosco e participar das eternas alegrias. Amém.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Conquistando o Impossível

Veja o que Deus em sua infinita misericórdia pode fazer!
Ele dá asas para voar a quem acredita, barreiras podem ser ultrapassadas. Podemos sim ir além dos nossos limites se dermos acesso para os limites de Deus...

Podemos sim conquistar o impossível...

Desde que coloquemos nossa fé no Deus do impossível...




1% de chance...99% de Fé!

Paz e Bem!

sábado, 17 de abril de 2010

E Deus nos amou...

Final da nossa tarde de louvor... pensávamos que Deus já tinha feito tudo naquele dia, um grande engano nosso, Ele tinha de fazer mais. Ele queria nos mostrar que o que nos une, o que nos faz sermos Divina Misericórdia é o Seu AMOR. Esse divino AMOR é manifestado em cada um de nós, entretanto não podemos guardá-lo somente para nós como fazem os egoístas, devemos transmití-los aqueles que estão ao nosso lado, ao nosso redor.

“o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que ele nos deu.”(Rom. 5,5)

Somos responsáveis uns pelos outros e cremos que todas as armadilhas que tentam nos afastar da presença do Senhor são desfeitas com um gesto de carinho e amor, pois DEUS nos acolhe, nos abraça e nos ama.

Obrigado, Senhor, por nos amar tão intensamente.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Só dê Ouvidos a Quem te Ama


Só dê ouvidos a quem te ama. Outras opiniões, se não fundamentadas no amor, podem representar perigo. Tem gente que vive dando palpite na vida dos outros. O faz porque não é capaz de viver bem a sua própria vida. É especialista em receitas mágicas de felicidade, de realização, mas quando precisa fazer a receita dar certo na sua própria história, fracassa.

Tem gente que gosta de fazer a vida alheia a pauta principal de seus assuntos. Tem solução para todos os problemas da humanidade, menos para os seus. Dá conselhos, propõe soluções, articula, multiplica, subtrai, faz de tudo para que o outro faça o que ele quer.

Só dê ouvidos a quem te ama, repito. Cuidado com as acusações de quem não te conhece. Não coloque sua atenção em frases que te acusam injustamente. Há muitos que vão feridos pela vida porque não souberam esquecer os insultos maldosos. Prenderam a atenção nas palavras agressivas e acreditaram no conteúdo mentiroso delas.
Há muitos que carregam o fardo permanente da irrealização porque não se tornaram capazes de esquecer a palavra maldita, o insulto agressor. Por isso repito: só dê ouvidos a quem te ama. Não se ocupe demais com as opiniões de pessoas estranhas. Só a cumplicidade e conhecimento mútuo pode autorizar alguém a dizer alguma coisa a respeito do outro.

Ando pensando no poder das palavras. Há palavras que bendizem, outras que maldizem. Descubro cada vez mais que Jesus era especialista em palavras benditas. Quero ser também. Além de bendizer com a palavra, Ele também era capaz de fazer esquecer a palavra que amaldiçoou. Evangelizar consiste em fazer o outro esquecer o que nele não presta, e que a palavra maldita insiste em lembrar.

Quero viver para fazer esquecer... Queira também. Nem sempre eu consigo, mas eu não desisto. Não desista também. Há mais beleza em construir que destruir.

Repito: só dê ouvidos a quem te ama. Tudo mais é palavra perdida, sem alvo e sem motivo santo.

Só mais uma coisa. Não te preocupes tanto com o que acham de ti. Quem geralmente acha não achou nem sabe ver a beleza dos avessos que nem sempre tu revelas.

O que te salva não é o que os outros andam achando, mas é o que Deus sabe a teu respeito.

Pe. Fábio de Melo

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Tarde de Louvor - O Senhor fez!

No último domingo, dia 11 de abril, celebramos o nosso aniversário. Foi uma bênção. O Senhor, de fato, realizou seus prodígios em nosso meio. Nossa tarde de louvor foi excelente, pois sentimos seu amor e sua bênção sendo derramados sobre nós.

Cada louvor, cada oração, cada toque, foi providência divina. Sentimos que a Misericórdia do Senhor inundava nossa igreja, nosso ser e nosso coração. Fomos renovados pelo Espírito Santo do Senhor e restaurados pelo seu poder. Sentimos o céu se abrir e seu amor vir ao nosso encontro, tal como a Palavra diz:

”E a esperança não engana. Porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”
Romanos 5,5

Percebemos o quanto somos importantes para o Senhor e o quanto Ele nos ama e nos quer bem. Além disso, o Senhor nos tocou da importância do nosso irmão, mostrando-nos que o Divina Misericórdia se faz em cada um que ali está, ou seja, cada irmão é parte essencial do nosso grupo e nós somos responsáveis uns pelos outros, para que o grupo permaneça sempre de pé.

Não podemos deixar de agradecer aos nossos irmãos Unielson, que pregou a palavra de misericórdia para nós, e da Marilza, que o acompanhou, intercedendo a todo o momento. E ainda não podemos de deixar de expressar nossa gratidão pela presença da Pastoral da Juventude de nossa paróquia (São José Operário) que carinhosamente participou do nosso encontro.

Proclamamos no domingo da MIsericórdia um ano de graça para o nosso grupo e esperamos que o Senhor possa sempre estar à nossa frente conduzindo todas as nossas ações.






quarta-feira, 7 de abril de 2010

Dois Anos de Graça - Vamos Comemorar!


Dois anos de bênçãos, dois anos em que o Senhor vem cuidando de nós. É motivo de festa, é dia de celebração. No próximo domingo, dia 11 de abril, a partir das 14h30, vamos comemorar o aniversário do nosso Grupo de Oração e o nosso convidado especial é VOCÊ!!!

Nesse dia vamos dar graças ao Senhor por tudo que vivenciamos, pois ele está cumprindo tudo aquilo que havia prometido. Entre tribulações e bênçãos, nós caminhamos firmes, na certeza de que Deus é por nós. Sua palavra, em Eclesiástico 2,1, diz: "Meu filho, se entrares para o serviço de Deus, permanece firme na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação;" Há cada dia somos provados, mas a mão do Senhor nos sustenta e nos faz caminhar.

Dois anos de muitas alegrias. Quantos testemunhos, quantas curas e libertações. O Senhor tem feito muito por nós, não há como negar. Milages estão sendo feitos e revelados diante de nós. A cada domingo sentimos o vento impetuoso soprando sobre nós, fazendo com que nossos corações sejam renovados e restaurados, fazendo com que nós possamos experimentar aquilo que os apóstolos vivenciaram em Pentecostes.

"De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles.Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." Atos 2,2-4

Temos muito para comemorar, muito para agradecer e ainda muito para fazer. Dois anos de muitos que temos para servir, pois cremos em um Deus misericordioso que tudo pode e que vai encher o nosso coração com a luz do Espírito Santo.

Vós, que temeis o Senhor, esperai em sua misericórdia, não vos afasteis dele, para que não caiais; vós, que temeis o Senhor, tende confiança nele, a fim de que não se desvaneça vossa recompensa. Vós, que temeis o Senhor, esperai nele; sua misericórdia vos será fonte de alegria.
Vós, que temeis o Senhor, amai-o, e vossos corações se encherão de luz.

Eclo. 2,7-10

Venha mergulhar no amor de Deus nesse domingo e deixe o seu coração se encher de luz!

domingo, 4 de abril de 2010

Semana Santa - Páscoa


No dia da Páscoa celebramos não só a ressurreição de Jesus, mas também nossa própria ressurreição. A liturgia da noite de Páscoa começa com a escuridão. Ainda permanecemos conscientemente na escuridão de nosso sepulcro. Sentamos juntos na igreja, com as luzes apagadas. Mas logo o diácono entra na igreja com o círio pascal - e a luz de uma única vela ilumina a escuridão. Essa luz é passada adiante a cada um dos fiéis que trouxe sua vela para a celebração da Páscoa. Muitos as terão enfeitados: os ornamentos são símbolos que representam vida e luz para cada uma das pessoas. E pouco depois, enquanto o diácono entoa o maravilhoso cântico Exsultet, todos os fiéis continuam segurando suas velas já incandescentes em meio à escuridão, para que tudo se torne mais claro em seus corações, para que o sol pascal também possa luzir em cada um deles e espantar toda escuridão. A luz de Cristo quer irradiar-se por todos os cantos de nosso coração, trazer o calor da vida para a frieza que possa haver dentro de nós, trazer vivacidade aonde haja desalento, confiança aonde haja medo.
O Aleluia! Faz parte da festa da Páscoa. Depois de quarenta dias de Quaresma o Aleluia! Ressoa pela primeira vez na noite de sábado para domingo. Para nos habituarmos ao som alegre dos cânticos de Páscoa, cantamos o Aleluia! Três vezes, um tom mais alto a cada vez; assim, ele chega cada vez mais fundo ao coração e afasta toda a tristeza de lá. A ressurreição precisa ser exaltada com cantos. Precisa ganhar expressão. Não basta apenas crer nela com a cabeça. O corpo quer ressuscitar. E ele o faz cantando. Por meio do canto cresce em nós o amor por aquilo que exaltamos. No Aleluia! Pascal projetamo-nos com nosso canto para dentro do milagre do amor, do amor que é mais forte que a morte. Mas só poderei sentir de fato a alegria pela ressurreição de Jesus e por minha própria ressurreição quando cantar de coração. Aí, a pessoa inteira tem de se transformar no cântico que entoa. Só assim sentirá o amor que o Ressuscitado pretende despertar em cada um. Ao cantar, surge diante de nossos olhos uma imagem do que exaltamos com nosso canto. Com o canto temos a noção de que o Ressuscitado está no meio de nós e nos concede participar da amplitude e liberdade de sua ressurreição.
A Páscoa é a festa da vida. Celebramos a superação da morte pela vida. Cristo derrotou a morte. A vida é mais forte que a morte. Já não se pode matar a vida. E cabe agora celebrá-la. Essa comemoração da vida acontece na refeição festiva da Eucaristia. E no momento em que desejamos "Feliz Páscoa" uns aos outros. A nova vida também pede um novo convívio.
Ao longo de 25 anos ministrei cursos sobre a Páscoa para adolescentes e jovens adultos. Era comum esses jovens se abraçarem na Páscoa para partilhar sua alegria pela ressurreição. Dançavam uns com os outros. Sentiam que a ressurreição também pedia uma expressão por meio do corpo. Quando dançamos caem as correntes que nos mantêm aprisionados. A dança nos dá uma noção da liberdade e da beleza de nossa vida. Ao dançarmos, projetamos-nos para dentro da vida que o Ressuscitado nos proporciona.
Celebramos a Páscoa durante cinqüenta dias. Nosso dia-a-dia é o teste para ver se comemoramos a Páscoa somente com um sentimento de euforia, ou se a ressurreição acontece de fato em meio a nossa vida. Nós tratamos de nos inserir na vida da ressurreição. Aprendemos a levantar sempre, mesmo quando alguma coisa dá errado no trabalho, quando surgem conflitos nos relacionamentos, quando fracassamos e nos decepcionamos com nós mesmos. Ressurreição quer dizer levantar-se sempre de novo, não ficar no chão quando levamos um tombo. E ressurreição significa que creio estar acompanhado do Ressuscitado enquanto caminho.
Cristo ressurge sempre em minha vida, apontando novos caminhos. Ele vem até mim para mostrar-me que a ressurreição transforma em êxito o que parecia perdido, o que estava morto renasce, e a escuridão torna-se luz. A fé na ressurreição cura as mágoas de minha vida e ensina-me a erguer-me e prosseguir em direção à verdadeira vida, à vida que Deus concebeu para mim. A ressurreição quer me ensinar desde já, no aqui e agora, o que a vida é. Ela me traz a promesa de que esta vida também ultrapassa o limiar da morte, renova em mim a certeza de que não se pode acabar com a vida, porque com a morte e ressurreição de Jesus o amor derrotou a morte, para todo o sempre.

Texto extraído do livro "Viver a Páscoa", de Anselm Grün, Edições Loyola, 2003

Semana Santa - Sábado de Aleluia


Para muitos, o Sábado de Aleluia é apenas um dia de faxina ou de preparação para a Páscoa. No entanto, esse dia sem liturgia tem um significado espiritual próprio. Jesus morreu por nós, e permaneceu três dias no sepulcro. Assim, também deveríamos nos dedicar com plena consciência ao teor espiritual desse dia. Isso acontece melhor em meio ao silêncio, quando nos posicionarmos quanto à verdade e à situação sepulcral de nós mesmos.
Cristo desceu ao reino da morte, ao Hades, o reino das sombras. Posso imaginar como Jesus desce aos cantos tenebrosos de minha própria existência. O que excluo da vida? Quais os lugares para os quais não gosto de olhar? Onde foi que tratei de recalcar alguma coisa, empurrar algo para as câmaras escuras de minha alma? Para onde me nego a olhar? O que pretendo esconder de mim mesmo, dos outros e de Deus? Jesus propõe-se descer exatamente a esses rincões da morte e da escuridão, para mexer em tudo o que há de escuro e rançoso em mim, tudo o que há de mortiço e entorpecido, e então despertar-me para a vida.
Os ícones da Igreja oriental sempre representam a ressurreição de Jesus com Cristo subindo do reino dos mortos, trazendo consigo os mortos pela mão. No dia de Sábado de Aleluia permito que Cristo desça até o meu reino dos mortos, para que tome todos os mortos pela mão, inclusive o que há de morto em mim mesmo, e nos reconduza à luz, a fim de despertar-nos para a vida.
Cristo esteve no sepulcro. Assim, o Sábado de Aleluia convida-me a olhar para minha própria situação sepulcral. O que me caberia enterrar? Que feridas em minha história de vida precisam ser enterradas de uma vez por todas? Quando sepulto todas as ofensas, paro de usá-las como armas para agredir as outras pessoas. Não as carregarei mais em mim mesmo, como se fossem uma recriminação tácita aos que feriram em algum momento. Com isso, posso descartar minha mágoa, meus ressentimentos e minha irritação. Não preciso de mais nada disso como pretexto para justificar minha recusa a olhar a vida de frente.
Pretendo sepultar também os sentimentos de culpa que consomem e dos quais não consigo me afastar. Preciso ter confiança em que Cristo também desceu ao meu sentimento de culpa e a todo martírio interno que imponho a mim mesmo, com auto-acusações; e desceu até aí para libertar-me. Quando paro de andar em círculos em torno de minha culpa, aí sim realmente posso despertar para a vida nova.
No Sábado de Aleluia desço até meu próprio sepulcro e imagino de que forma Cristo repousa lá, a fim de trazer tudo o que lá está para uma nova vida. Cristo desceu ao sepulcro de meu medo, minha resignação, minha autocompaixão e minha morbidez, a fim de salvar-me e transformar-me no mais fundo de minha alma. Para ressuscitar na Páscoa como uma pessoa salva e liberta, preciso ter a coragem de meditar acerca de meu sepulcro e de sepultar tudo o que me distancia da vida.

Texto extraído do livro "Viver a Páscoa", de Anselm Grün, Edições Loyola, 2003

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Semana Santa - Paixão de Cristo

A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança. Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João comtemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe traspassou o lado.

São João, teólogo e cronista da paixão nos leva a comtemplar o mistério da cruz de Cristo como uma solene liturgia. Tudo é digno, solene, simbólico em sua narração: cada palavra, cada gesto. A densidade de seu Evangelho agora se faz mais eloqüente. E os títulos de Jesus compõem uma formosa Cristologia. Jesus é Rei. O diz o título da cruz, e o patíbulo é o trono onde ele reina. É a uma só vez, sacerdote e templo, com a túnica sem costura com que os soldados tiram a sorte. É novo Adão junto à Mãe, nova Eva, Filho de Maria e Esposo da Igreja. É o sedento de Deus, o executor do testamento da Escritura. O Doador do Espírito. É o Cordeiro imaculado e imolado, o que não lhe romperam os ossos. É o Exaltado na cruz que tudo o atrai a si, quando os homens voltam a ele o olhar.

A Mãe estava ali, junto à Cruz. Não chegou de repente no Gólgota, desde que o discípulo amado a recordou em Caná, sem ter seguido passo a passo, com seu coração de Mãe no caminho de Jesus. E agora está ali como mãe e discípula que seguiu em tudo a sorte de seu Filho, sinal de contradição como Ele, totalmente ao seu lado. Mas solene e majestosa como uma Mãe, a mãe de todos, a nova Eva, a mãe dos filhos dispersos que ela reúne junto à cruz de seu Filho.

Maternidade do coração, que infla com a espada de dor que a fecunda.

A palavra de seu Filho que prolonga sua maternidade até os confins infinitos de todos os homens. Mãe dos discípulos, dos irmãos de seu Filho. A maternidade de Maria tem o mesmo alcance da redenção de Jesus. Maria comtempla e vive o mistério com a majestade de uma Esposa, ainda que com a imensa dor de uma Mãe. São João a glorifica com a lembrança dessa maternidade. Último testamento de Jesus. Última dádiva. Segurança de uma presença materna em nossa vida, na de todos. Porque Maria é fiel à palavra: Eis aí o teu filho.

O soldado que traspassou o lado de Cristo no lado do coração, não se deu conta que cumpria uma profecia realizava um últmo, estupendo gesto litúrgico. Do coração de Cristo brota sangue e água. O sangue da redenção, a água da salvação. O sangue é sinal daquele maior amor, a vida entregue por nós, a água é sinal do Espírito, a própria vida de Jesus que agora, como em uma nova criação derrama sobre nós.


quinta-feira, 1 de abril de 2010

Semana Santa - Celebração da Ceia do Senhor


A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no misterio da Paixão de Cristo, já que quem deseja seguí-lo deve sentar-se à sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-lo.

E por outro lado, o mesmo Senhor Jesus nos dá um testemunho idôneo da vocação ao serviço do mundo e da Igreja que temos todos os fiéis quando decide lavar os pés dos seus discípulos.

Neste sentido, o Evangelho de São João apresenta a Jesus 'sabendo que o Pai pôs tudo em suas mãos, que vinha de Deus e a Deus retornava', mas que, ante cada homem, sente tal amor que, igual como fez com os discípulos, se ajoelha e lava os seus pés, como gesto inquietante de uma acolhida inalcansável.

São Paulo completa a representação lembrando a todas as comunidades cristãs o que ele mesmo recebeu: que aquela memorável noite a entrega de Cristo chegou a fazer-se sacramento permanente em um pão e em um vinho que convertem em alimento seu Corpo e seu Sangue para todos os que queiram recordá-lo e esperar sua vinda no final dos tempos, ficando assim instituída a Eucaristía.

A Santa Missa é então a celebração da Ceia do Senhor na qual Jesus, um dia como hoje, na véspera da su paixão, "enquanto ceava com seus discípulos tomou pão..." (Mt 26, 26).

Ele quis que, como em sua última Ceia, seus discípulos se reunissem e se recordassem dEle abençoando o pão e o vinho: "Fazei isto em memória de mim" (Lc 22,19).

Antes de ser entregue, Cristo se entrega como alimento. Entretanto, nesta Ceia, o Senhor Jesus celebra sua morte: o que fez, o fez como anúncio profético e oferecimento antecipado e real da sua morte antes da sua Paixão. Por isso "quando comemos deste pão y bebemos deste cálice, proclamamos a morte do Senhor até que ele volte" (1Cor 11, 26).

Assim podemos afirmar que a Eucaristia é o memorial não tanto da Última Ceia, e sim da Morte de Cristo que é Senhor, e "Senhor da Morte", isto é, o Resuscitado cujo regresso esperamos de acordo com a promessa que Ele mesmo fez ao despedir-se: "Um pouco de tempo e já não me vereis, mais um pouco de tempo ainda e me vereis" (Jo 16, 16).

Como diz o prefácio deste dia: "Cristo verdadeiro e único sacerdote, se ofereceu como vítima de salvação e nos mandou perpetuar esta oferenda em sua comemoração". Porém esta Eucaristia deve ser celebrada com características próprias: como Missa "na Ceia do Senhor".

Nesta Missa, de maneira diferente de todas as demais Eucaristias, não celebramos "diretamente" nem a morte nem a ressurreição de Cristo. Não nos adiantamos à Sexta-feira Santa nem à noite de Páscoa.

Hoje celebramos a alegria de saber que esta morte do Senhor, que não terminou no fracasso mas no êxito, teve um por quê e um para quê: foi uma "entrega", um "dar-se", foi "por algo"ou melhor dizendo, "por alguém" e nada menos que por "nós e por nossa salvação" (Credo). "Ninguém a tira de mim,(Jesus se refere à sua vida) mas eu a dou livremente. Tenho poder de entregá-la e poder de retomá-la." (Jo 10, 18), e hoje nos diz que foi para "remissão dos pecados" (Mt 26, 28c).

Por isso esta Eucaristia deve ser celebrada o mais solenemente possível, porém, nos cantos, na mensagem, nos símbolos, não deve ser nem tão festiva nem tão jubilosamente explosiva como a Noite de Páscoa, noite em que celebramos o desfecho glorioso desta entrega, sem a qual tivesse sido inútil; tivesse sido apenas a entrega de alguém mais que morre pelos pobres e não os liberta. Porém não está repleta da solene e contrita tristeza da Sexta-feira Santa, porque o que nos interessa "sublinhar" neste momento, é que "o Pai entregou o Seu Filho para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"(Jo 3, 16) e que o Filho entregou-se voluntariamente a nós apesar de que fosse através da morte em uma cruz ignominiosa.

Hoje há alegria e a Igreja rompe a austeridade quaresmal cantando o "glória": é a alegria de quem se sabe amado por Deus; porém ao mesmo tempo é sóbria e dolorida, porque conhecemos o preço que Cristo pagou por nós.

Poderíamos dizer que a alegria é por nós e a dor por Ele. Entretanto predomina o gozo porque no amor nunca podemos falar estritamente de tristeza, porque aquele que dá e se entrega con amor e por amor, o faz com alegria e para dar alegria.

Podemos dizer que hoje celebramos com a liturgia (1a. Leitura) a Páscoa. Porém a da Noite do Êxodo (Ex 12) e não a da chegada à Terra Prometida (Js 5, 10-ss).

Hoje inicia a festa da "crise pascoal", isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte mas sim combatida por ela. A noite do sábado de Glória é o canto à vitória porém tingida de sangue, e hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor.

domingo, 28 de março de 2010

Semana Santa - O Domingo de Ramos



A Semana Santa começa no domingo chamado de Ramos porque celebra a entrada de Jesus em Jerusalém montado em um jumentinho – o símbolo da humildade – e aclamado pelo povo simples que o aplaudia como “Aquele que vem em nome do Senhor”.

Esse povo tinha visto Jesus ressuscitar Lázaro de Betânia há poucos dias e estava maravilhado. Ele tinha a certeza de que este era o Messias anunciado pelos Profetas; mas esse povo tinha se enganado no tipo de Messias que ele era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador social que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu dos tempos de Salomão.

Para deixar claro a este povo que ele não era um Messias temporal e político, um libertador efêmero, mas o grande libertador do pecado, a raiz de todos os males, então, Ele entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena. Ele não é um Rei deste mundo!

Dessa forma o Domingo de Ramos é o início da Semana que mistura os gritos de hosanas com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória: "Hosana ao Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel; hosana nas alturas".

Os Ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente nestes tempos difíceis em que ela é desvalorizada e espezinhada.

Os Ramos sagrados que levamos para nossas casas após a Missa, lembram-nos que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas que chegará à Ressurreição.

O sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se gasta tão rápido. Ela nos mostra que a nossa pátria não é neste mundo mas na eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda da casa do Pai.

A Missa do domingo de Ramos traz a narrativa de São Lucas sobre a paixão de Jesus: sua angústia mortal no Horto das Oliveiras, o sangue vertido com o suor, o beijo traiçoeiro de Judas, a prisão, os mau tratos nas mãos do soldados na casa de Anãs, Caifás; seu julgamento iníquo diante de Pilatos, depois, diante de Herodes, sua condenação, o povo a vociferar “crucifica-o, crucifica-o”; as bofetadas, as humilhações, o caminho percorrido até o Calvário, a ajuda do Cirineu, o consolo das santas mulheres, o terrível madeiro da cruz, seu diálogo com o bom ladrão, sua morte e sepultura.

A entrada "solene" de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de suas dores e humilhações. Aquela mesma multidão que o homenageou motivada por seus milagres, agora lhe vira as costas e muitos pedem a sua morte. Jesus que conhecia o coração dos homens não estava iludido. Quanta falsidade nas atitudes de certas pessoas!

Quantas lições nos deixam esse domingo de Ramos!

O Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o seu Reino de fato não é deste mundo. Que ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas veio para derrubar um inimigo muito pior e invisível, o pecado. E para isso é preciso se imolar; aceitar a Paixão, passar pela morte para destruir a morte; perder a vida para ganhá-la.

A muitos ele decepcionou; pensavam que ele fosse escorraçar Pilatos e reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas ele vem montado em um jumentinho frágil e pobre. Que Messias é este? Que libertador é este? É um farsante! É um enganador, merece a cruz por nos ter iludido. Talvez Judas tenha sido o grande decepcionado.

O domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja, e consequentemente a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à Lei sagrada de Deus que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos que preferem viver um cristianismo "light", adaptado aos seus gostos e interesses e segundo as suas conveniências. Impera como disse Bento XVI, a ditadura do relativismo.

O domingo de Ramos nos ensina que seguir o Cristo é renunciar a nós mesmos, morrer na terra como o grão de trigo para poder dar fruto, enfrentar os dissabores e ofensas por causa do Evangelho do Senhor. Ele nos arranca das comodidades, das facilidades, para nos colocar diante Daquele que veio ao mundo para salvar este mundo.

Felipe Aquino

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=5341